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Clipping – Coronavírus no Brasil: cartórios registram aumento de mortes em domicílios

Em estados como Amazonas, o registro chega a 149%

Desde o dia 16 de março, data da primeira morte por coronavírus no Brasil, 20,1% dos registros de óbitos feitos pelos cartórios de registro civil do Brasil ocorreram na moradia do falecido. Os dados foram disponibilizado no novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, lançado nesta quinta-feira, 7, no qual se registra o local de falecimento de acordo com informações do atestado médico, disponível no Covid Registral.

Em comparação com o período entre 16 de março e 30 de abril de 2019, houve aumento de 10,4% de mortes em domicílio, em todo o Brasil. Foi registrado incremento de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), insuficiência respiratória, septicemia, causas indeterminadas e demais óbitos. A partir dessa atualização, o Portal da Transparência, que contabilizou, até esta quarta-feira 8.553 mortes suspeitas ou confirmadas por Covid-19 em todo o Brasil, passa a mostrar informações sobre o local da morte.

Ainda em comparação ao registro de óbitos em domicílio no mesmo período, com o ano passado, o Estado do Amazonas apresentou o aumento de 149%. O Rio de Janeiro teve incremento de 40,6%; Distrito Federal, 31,1%; Paraná, 21,8%; Pernambuco, 20,3% e São Paulo, 14,5%.

Também é possível verificar a comparação entre o total de mortes por causas naturais e o total de falecimentos em domicílio. Nesse recorte, o Paraná está em primeiro lugar, com 25,3% em casa; Pernambuco apresenta 24%, Minas Gerais, 23,6%, e Amazonas, 23,1%. O Rio de Janeiro registra percentual de 15%, o Distrito Federal 14,4% e São Paulo 4,6%. Fortaleza contabilizou um aumento de 22,2% na comparação entre os dois períodos e registra um percentual de mortes em domicílio de 21,3%.

Luis Carlos Vendramin, vice-presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoa Naturais (Arpen – Brasil), explica que a divulgação desses dados é muito importante para que governos e profissionais de saúde possam planejar ações que minimizem o impacto do coronavírus e organize o atendimento às pessoas. “Os dados por local de falecimento, combinados com as outras informações já disponíveis no Portal, e ainda outros que virão, poderão ajudar a todos os setores envolvidos nesta crise”.

As novas informações se juntam à possibilidade de consulta de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave, pneumonia, septicemia, insuficiência respiratória e causas indeterminadas — todas com histórico relacionado ao coronavírus —, podendo trazer recortes realizados por cidade, estado e região, além da comparação dos resultados do ano passado com este ano.

Fonte: O Povo

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