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Clipping – Abril e maio registram menos óbitos em 2020 do que em 2019 em Carazinho

Abril e maio registram menos óbitos em 2020 do que em 2019 em Carazinho

A pedido do Diário da Manhã a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul – Arpen/RS fez um levantamento dos óbitos do primeiro semestre de 2019 e 2020. Conforme dos dados, este ano já foram registrados mais falecimentos do que no ano passado, no período entre janeiro e maio. Em 2019 foram 221 registros e em 2020, 227 casos.

Apenas o mês de abril deste ano registrou menos óbitos em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 46 em 2020 contra 56 em 2019, justamente em um dos meses em que a pandemia de Covid-19 se intensificou – Carazinho ainda não havia registrado óbitos pela doença até a publicação desta notícia. A situação é semelhante quando é analisado o mês de maio. Em 2019 foram 51 registros e em 2020, 44, até a quinta-feira (28). Vale lembrar que este número pode mudar já que o mês termina somente no domingo (31).

Fernanda Gehlen Braga, titular do Registro Civil das Pessoas Naturais de Passo Fundo, que conversou com o DM em nome da Arpen-RS, explicou como funciona o registro de óbito.

“Os registros são realizados a partir de uma declaração de óbito. É um documento emitido pelos órgãos de saúde. Então, por ocasião do falecimento de um paciente, um médico atesta o óbito e indica quais foram as causas que levaram aquela pessoa à morte. Essa D.O. é apresentada no cartório pelo declarante, ou seja, um familiar”, detalhou.

Circulam em redes sociais informações falsas de que os municípios receberiam recursos para cada morte registrada cuja causa seria Covid-19 e diante disso, médicos estariam colocando a doença como causa da morte de várias pessoas, com o objetivo de fazer com que seja encaminhado determinado valor à cidade de origem do paciente. Sobre este assunto, Fernanda esclareceu que não cabe aos cartórios questionar a causa da morte.

“Não emitimos nenhum diagnóstico e nenhum juízo de valor. Os cartórios se limitam apenas a transcrever as informações atestadas pelo médico. Não temos como afirmar se as informações são ou não verdadeiras. Não é da nossa alçada”, disse.

Sobre o fato de que há menos registros de óbito nos meses em que a pandemia de Covid-19 está mais intensa, embora Carazinho não tenha tido morte em função da doença, mas em contrapartida é um período em que infecções respiratórias são mais comuns e algumas até levam à morte, Fernanda observou que é algo curioso.

“A gente se pergunta, como em meio a uma pandemia ocorrem menos óbitos, mas como a diferença não é muito grande pode se dizer que se manteve na média. Os dados que temos mostram ainda que, levando em consideração as mortes por pneumonia, por exemplo, ocorreram 7 mortes a menos em 2020 em relação a 2019. É um dado importante de ser relatório porque a tendência seria até de um aumento, pois a pneumonia acomete muitas pessoas e a proximidade com inverno pode influenciar”, citou.

Fernanda ainda informou que a Arpen tem atualizado um banco de dados específico relacionado a Covid-19. As informações poderão servir até para um futuro comparativo com a epidemia de H1N1, a mais recente registrada e que ocorreu em 2009. Esta estatística estará disponível dentro de alguns meses.

Clique aqui para conferir o gráfico elaborado a partir das informações fornecidas pela Arpen.

Fonte: Diário da Manhã

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